Essa famosa frase de Thomas Hobbes pode muito bem ilustrar Homem de Ferro 3. O terceiro filme da franquia do charmoso Tony Stark é de longe o melhor. As razões? O novo caminho que o diretor quis trilhar ao mostar um Tony Stark menos megalomaníaco e mais humano, vulnerável às emoções. E também por fazer não somente um blockbuster cheio de explosões, mas com conteúdo e sem perder o ritmo. Porque afinal, filme de ação não é só feito pra movimentar os efeitos especiais e sim para mostrar como pode ser a evolução de um personagem, com suas falhas e acertos. E ainda tem mais: Homem de Ferro 3 mostra que o maior inimigo do povo americano é ele mesmo e seu próprio governo. Nada de colocar a culpa em radicais de descedência árabe, que nesse caso é apenas um bode expiatório no balacobaco todo.
Mas vamos ao filme. Iron Man surpreende com uma narrativa que envolve e prende o espectador. Roteiro com viradas inesperadas (lógico que não vou falar quais são hehehe) e boas interpretações são o chamariz do filme, além da sempre excelente trilha sonora. Falando das interpretações, o destaque vai para o grande Ben Kingsley e o garotinho Mark, ajudante de Tony e Guy Pearce, que praticamente leva um banho de Esquadrão da Moda e cresce muito bem no papel de um dos vilões. Em se tratando de mudança radical, o troféu vai para Pepper Potts. Demorou mas ela deixou de ser apagadinha pra se tornar uma heroína com forças inesperadas pela gente. Para se ter uma idéia, até a armadura de Tony ela usa. Sem contar no ataque de ansiedade que Tony tem. Até o homem de ferro foi atingido pelo mal da sociedade contemporânea. E o spoiler acaba aqui.
Homem de Ferro é daqueles filmes de herói que dá gosto de se ver, da linha de X-Men. Fazem jus à expectativa gerada pelos fãs e não fica naquela de explosões sem nexo e um protagonista sem expressão ou apático. Ele surpreende. E o adjetivo melhor para esse filme é surpreendente.E bacana por fugir do estereótipo do estrangeiro terrorista (se você assistir à película vai entender) e mostra que o mal está dentro do solo americano. Ainda por cima mantém o clima das piadas irônicas e que dão um clima melhor ao filme. Mas o melhor fica para o final. O final mesmo, depois dos créditos. Tenha paciência, espere, fuxique o celular que a cena final é ótima!
No mais, não se pode falar muito ou pode-se contar o que não deve e acabar com a supresa do filme. A saída mesmo é ir ao cinema e aproveitar. O ingresso não vai ser perdido!
Por Sandra Martins.
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