sábado, 5 de maio de 2012

Espelho meu

Esqueça aquele conto de fadas da Branca de Neve ao assistir “Espelho, espelho meu”. A história que todos conhecemos é sobre uma moça bonita que acaba virando praticamente uma empregada doméstica dos anões e como prêmio, acaba ganhando o amor do príncipe. O novo conto na versão do diretor Tarsem Singh ganha uma outra perspectiva: ele nos dá uma Branca de Neve diferente da usual. No começo, ela ainda segue a princesa abobalhada presa no castelo, mas há uma reviravolta e essa princesa acaba virando aliada do bando dos anões (que aqui são assaltantes que se assemelham ao Robin Hood). Sim, ela não é aquela pessoa sem sal. Ela ganha vida, vontade e força. Tem um treinamento que me lembrou o de Daniel San em Karatê Kid para se tornar uma da equipe dos anões. Fora que ela ainda duela com o príncipe, enfrenta os feitiços da Rainha Má Julia Roberts sozinha. Lily Collins fez uma Branca de Neve que quebra os estereótipos da historinha infantil e sai muito bem no papel. Outro destaque é o príncipe, vivido pelo ator Armie Hammer, que fez recentemente J.Edgar, e é um príncipe que tem seus bons momentos de comédia. E falando em comédia, a seleção dos anões é outro ponto positivo. Nada dos nomes originais, o único que ainda faz referência é o Riso, mas contamos com o anão Rambo, Napoleão dentre outros nomes bem curiosos.




O que realmente chama a atenção no filme é a forma como a trama foi conduzida, fugindo do machismo do conto original e seguindo a linha “princesa independente” que iniciou com o Alice de Tim Burton. Nesse, a princesa além de conseguir o reino de volta para o pai, ainda consegue se casar com o príncipe e se livrar da Rainha Má. É uma boa pedida pro programa vespertino, sem falar no detalhe que está na sessão das 15:00 no cinemark. Se você gosta de contos de princesas na telona, é uma boa chance de ver uma versão inusitada da menina da maçã.



Por Sandra Martins.

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