Depois de longo período de hibernação, a coluna Even Better Than The Real Thing está de volta em dose dupla. O talento da vez é o de Jamie Cullum, da safra do novo pop jazz. Esse menino tem a categoria e a musicalidade de deixar qualquer cantor de uh uh la la yeah de boca aberta pela capacidade de fazer uma música de ótima qualidade. Jamie já tem 6 CD's de estúdio e neles ele recheou com canções autorais e algumas versões.
Escolhi duas grandes versões desse moço. Uma delas é o típico exemplo de como transformar água em vinho ou como fazer uma canção pop de verdade. A versão de "Don't stop the music" de Rihanna deixa a original da descoberta de Jay Z no chinelo. Com uma classe e musicalidade perfeitas, Jamie revive a canção chiclete de Riri, tornando-a algo belo de ser ouvido e de ser agradecido por ter sido feita. Ou melhor, regravada. Com um piano de tirar o fôlego, Jamie destila todo seu talento para mostrar que boa música pode sim ser feita. Sem falar no ritmo que a música teme que realmente faz jus ao título da canção, que diz para não parar a música. Essa música te leva a mexer os pés sem querer e dá uma sensação de livres movimentos, levando a pessoa que sentiu literalmente o feeling da canção a sair rodopiando por aí. Rihanna, baby, senta no banquinho e aprenda direitinho como se faz!
Já a outra versão é a da clássica Everlasting Love, que já teve regravações de vários, dentre eles o U2, que também deu uma roupagem exímia à canção. Mas o tempero que Jamie colocou nela também é de se destacar. Tanto que ficou igualmente bela à feita pelos irlandeses. Nesse caso, o novo de Jamie veio a somar ao belo original da década de 60, sem deixar a usual classe musical que faz parte do estilo dele.
Por Sandra Martins.
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