quinta-feira, 7 de junho de 2012

Le mari de la coiffeuse

Uma história de amor fora do convencional. Assim é o filme "O marido da cabeleireira". Sem aqueles clichês previsíveis dos temas amorosos, a narrativa vai em cima da paixão desenfreada que o pequeno Antoine tem pela sua primeira cabeleireira. Por causa dessa paixão, ele define como objetivo de vida se casar com uma. O tempo passa e finalmente ele encontra o objeto de seu desejo e concretiza o seu sonho. Aí que começa o desenrolar da trama: a emoção forte que domina os dois, a calma de suas vidas, os clientes peculiares que aparecem no salão e a vida encerrada de um pelo outro.

Um ponto favorável ao filme de Patrice Leconte é a forma como é conduzido. O enlace amoroso mostra um senhor de quase meia idade apaixonado e cheio. de vida como o protagonista e não um galã efêmero do momento. A cabeleireira é uma bela atriz que ilumina a tela com uma mulher extremamente enamorada. Jean Rochefort e Anna Galiena dão aos personagens toda a voluptuosidade necessária e ainda criam uma atmosfera onírica no filme.

A fotografia é de um colorido perfeito, caindo como luva na história do casal. E as cenas são de muito bom gosto. Destaque para a que le petit Antoine dança em frente ao mar e aquelas em que ele brinca com seus amigos na praia. Sim, e a cena final em que o adulto Antoine dança no salão, enquanto conversa com um cliente. A revelação? O ator que faz o protagonista na fase de criança, Henry Hocking. O cinema tem a mão certa para descobrir talentos logo cedo. E esse garotinho encanta!



A trilha sonora é marcada pela música árabe que acompanha Antoine em toda sua vida, fazendo parte de todos os momentos importantes e definitivos de sua existência.

E ao fim da sessão da Coiffeusse, o corte sai muito bem. O filme é ótimo e tem uma reviravolta de tirar o fôlego daqueles que ainda achavam que era uma história comum. Opção de primeira para quem gosta de bons filmes com belas narrativas.


Por Sandra Martins.

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