Strangeland confirma que o grupo não é daqueles que se encaixa na lista dos que fazem um ótimo disco de estreia e acabam decaindo. Com o passar dos álbuns, eles se sobressaem cada vez mais com canções belas e de qualidade. O Cd começa com a voz de Tom Chaplin na “you are young”, sem arranjos de introdução. Perfeito. A melhor forma de se iniciar o disco. Após a ótima abertura, temos o primeiro single: “Silenced by the night”, o tiro certeiro para apresentar Strangeland aos nossos ouvidos. Música com cara de hit dos bons. Depois vem “Disconnected”, o segundo single que tem uma letra que fala sobre as voltas que acontecem nos relacionamentos, os mesmos erros repetidos. Andando em círculos, um cego guiando o outro. Uma canção com melodia forte e marcante. Seguindo, temos “Watch how you go” e o terceiro single “"Sovereign Light Café", eletrizante, forte, bela e Keane na sua identidade. Com uma letra saudosista, a canção ganhou um vídeo com participação de ginastas. E um cenário de praia para complementar o clima da música. “On the Road”, “Starting line”, “Black Rain” são exemplos de letras de bom gosto associadas ao instrumental sempre competente. Elas falam de assuntos rotineiros sem ser clichê. Falar de amizade e amor sem ser piegas é complicado e o Keane faz isso com maestria, sem banalidades. “Neon river”, “Day Will come”, “In your own time” e “Sea fog” fecham a lista das 11 canções bem sucedidas do Keane.
Com esse álbum, a banda marca definitivamente seu lugar entre os bons nomes da música britânica. Arranjos bem executados, uma voz que evolui e uma energia enorme no palco são os trunfos do Keane. Se esse é o primeiro disco deles que ouve, vai dar vontade de descobrir os outros e se encantar com a produção esmerada desses rapazes. Quer ouvir música boa? Ouça “Strangeland” e agradeça aos deuses da música pela inspiração que eles deram aos ingleses.
Por Sandra Martins.
Ótimo review! Keane sendo Keane brilhantemente!
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